Quando a frustração domina o dia
Quando a frustração não é acolhida, surgem desafios para toda a família: a criança sente-se perdida, descontrolada ou insegura. Pequenas contrariedades transformam-se em dramas e rotinas simples parecem impossíveis.
Estes são alguns sinais que indicam que a criança está a ter dificuldade em lidar com as emoções:
- Recusar aceitar um “não” ou uma regra.
- Chorar, gritar ou fazer birra perante contrariedades.
- Ficar ansioso ou irritado quando não pode escolher a atividade.
- Isolar-se ou recusar participar quando contrariado.

Por que é tão importante ajudar a criança a lidar com a frustração?
Ajudar o seu filho a gerir emoções e a lidar com frustrações desde cedo é essencial para o desenvolvimento da segurança, autonomia e bem-estar.
Ao aprender que não pode controlar tudo, a criança descobre estratégias para ultrapassar desafios. Além de ganhar autoconfiança, aprende a resolver problemas e sente-se mais segura no dia a dia.
Estas conquistas são a base de uma infância mais equilibrada, resiliente e feliz.
Como ajudamos as crianças a ultrapassar as suas frustrações
 
A nossa abordagem
Na Lua Crescente, vemos as emoções como parte natural do crescimento: é normal chorar, ficar frustrado ou até zangado. Ajudamos cada criança a identificar o que sente e a encontrar estratégias para ultrapassar o momento difícil.
Sabemos que dar limites, mesmo que custe, faz com que as crianças, no final, se sintam seguras e ainda mais ligadas aos adultos.
Descubra como lidamos com a frustação na creche:
 
Acolhimento – Mostramos que é normal chorar, zangar-se e sentir emoções fortes, e que isso não é motivo de vergonha.
 
Limites claros – Explicamos as regras com calma e mantemos a consistência, mesmo quando é difícil ouvir um “não”.
 
Tranquilização – Incentivamos a criança a respirar fundo e damos apoio para relaxar e tranquilizar-se.
 
Verbalização das emoções – Apoiamos a criança a pôr em palavras o que sente, mostrando que pode sempre pedir ajuda.
 
Valorização das vitórias – Valorizamos cada vez que a criança consegue ultrapassar um momento difícil ou aceitar um limite.
 
Reforço positivo – Elogiamos a tentativa, a calma recuperada, o pedido de ajuda ou o simples facto de ter tentado novamente.
 
 
E em casa, como ajudar o meu filho a lidar com o “não”?
 
Os nossos conselhos
Saiba que é normal o seu filho chorar, zangar-se ou ficar frustrado. Não sinta culpa por esses momentos, eles fazem parte do crescimento e são fundamentais para aprender o autocontrolo.
Veja algumas ideias simples para apoiar o seu filho em casa:
 
Dê espaço para a criança sentir e expressar as emoções sem críticas nem julgamentos.
 
Explique os limites: as coisas não tem de ser sempre como a criança quer, mas sim como é melhor para ela (e o melhor nem sempre é o caminho mais fácil).
 
Ajude a identificar o que está a sentir (“Vejo que estás triste”, “Percebo que ficaste zangado”).
 
Sugira outras formas de reagir (“Quando não podes fazer isto, podes escolher aquilo…”).
 
Reconheça o esforço da criança quando tenta acalmar-se ou aceitar um “não”.
 
Evite recompensas imediatas e ensine que esperar faz parte da vida.
 
Mostre que o ama sempre e reforce o vínculo, mesmo depois de um momento difícil.
 
Respire com o seu filho e pratiquem juntos a respiração profunda para acalmar corpo e mente.
Conheça quem fala consigo, com o coração e experiência
 
Ana Santos
Educadora de Creche
Ana Santos
Educadora de Creche
Ana Santos,
Desde cedo se recorda de querer ser educadora de infância... a mãe, [professora] ainda tentou demovê-la, mas sem sucesso ... esta escolha (con)sentida assentou principalmente no facto de acreditar que a educação pré-escolar [incluindo a creche] ser uma etapa fundamental, um pilar para as restantes aprendizagens ao longo da vida. É por valorizar o papel da criança e acreditar que com elas se pode construir um mundo melhor, e acreditar que pode dar o seu contributo para desenvolver cidadãos empenhados nessa construção, que a Ana escolhe e consente ser Educadora de Infância.
Mestre em Educação Pré-escolar, pela ESELx, já trabalha com crianças há (quase) 6anos e continua a dizer, todos os dias, que adora o que faz! Já passou por todas as salas de creche (berçário, 1 ano e 2anos) e acredita que todas elas têm uma magia especial, algo que a cativa, cada uma à sua maneira...
Acreditando que educar é dar às crianças as ferramentas necessárias para que cresçam autónomas, e em pleno; é desafiar, despertar a curiosidade, ouvir, apoiar, proteger e orientar ... é estar presente e saber valorizar cada um; fica de coração cheio quando vê a evolução de cada uma das crianças que passa por si, sabendo que contribuiu de alguma forma para que cada uma delas, do seu jeito, cresça feliz e em harmonia.
Vê na Lua um projeto bastante desafiador, focado nos interesses e necessidades de cada criança. Um projeto onde as crianças têm voz ativa e a sua individualidade é valorizada e integrada no todo que é o grupo. Um projeto que procura valorizar os direitos e opiniões de cada criança em equilíbrio com o respeito pelas regras e deveres. Um projeto que pretende formar cidadãos livres e felizes, que saibam lidar com as suas emoções e sentimentos, para assim viver em harmonia com a natureza (e todos os que dela fazem parte), respeitando a sociedade.
Gostava que as crianças se lembrassem dela com um sorriso e ternura. Como alguém com quem elas passaram momentos de muita alegria e brincadeira e as ajudou a crescer um pouco mais a cada dia
Nascida e criada em terra de mar, adora praia e é junto ao mar que carrega energias. Gosto de passear e conhecer sítios novos; uma boa esplanada ao pôr-do-sol, estar com amigos e a família. Não gosta de intrigas! Quando lhe perguntamos o que a faz rir, diz-nos “Tanta coisa, sou uma pessoa de riso fácil”
Lema de vida? Ser feliz: um dia de cada vez, sempre com pensamento positivo = pensamentos positivos atraem coisas boas.
 
Beatriz Lopes
Educadora de Creche
Beatriz Lopes
Educadora de Creche
Desde pequena, a Beatriz dizia que queria ser professora, mas com o tempo percebeu que era com os mais pequeninos que o seu coração mais vibrava. O sonho de trabalhar com crianças sempre esteve presente, e foi ganhando forma ao longo dos anos, primeiro com o curso profissional de Técnica de Apoio à Infância, depois com a experiência como auxiliar de creche e mais tarde como monitora de ATL no 1.º ciclo do ensino básico.
Licenciada em Educação Básica pelo ISCE- Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo, e recentemente Mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º CEB, ao longo do seu percurso académico realizou estágios em diversas valências e contextos, sempre com o mesmo entusiasmo: o de aprender com as crianças e de estar presente no seu crescimento.
Já trabalha com crianças há 7 anos e não se imagina a fazer outra coisa. O que mais a encanta é a autenticidade das crianças, a forma única de viverem o presente com intensidade, curiosidade e alegria. Fascina-a o modo como expressam emoções sem filtros, como se maravilham com o mais simples, e a forma como aprendem e crescem todos os dias.
As idades entre os 0 e os 3 anos são as que a "derretem" mais. É nessa altura que as crianças ainda estão a construir as suas capacidades cognitivas e afetivas e onde os laços afetivos são mais sinceros e espontâneos. A Beatriz sente que ser colo (físico, emocional e simbólico) é das maiores recompensas de quem educa.
Para ela, educar é semear possibilidades. É caminhar ao lado da criança, com empatia, compromisso e intencionalidade, criando oportunidades para que descubra o mundo, a si própria e os outros, num ambiente seguro, afetuoso e estimulante. Acredita profundamente no potencial único de cada criança e na importância de aprendizagens significativas desde os primeiros anos.
Vê na Lua Crescente um projeto profundamente centrado na criança, onde se respeita o seu ritmo natural, a sua curiosidade e vontade de aprender. Destaca a proposta do trabalho de projeto como uma abordagem que valoriza a autonomia, a criatividade e o pensamento crítico, tornando as aprendizagens mais significativas. Para a Beatriz, a Lua é um espaço de confiança, onde crianças, educadores e famílias crescem juntos como uma verdadeira comunidade educativa.
Gostava que as crianças se lembrassem dela com um sorriso no rosto. Como alguém que lhes deu carinho, respeito, muitos momentos de brincadeira e que as ajudou a crescer, sempre com um brilho nos olhos e um sorriso no rosto.
Apaixonada por livros, natureza e viagens, adora passear por espaços verdes e sente-se em casa sempre que vê o mar e o pôr do sol. A cozinha também é um espaço de prazer e criatividade, embora banana não entre na ementa! Gosta de estar com os seus, reunir a família e criar memórias felizes. Detesta injustiças e quem a conhece diz que é de riso fácil, o que faz dela uma presença luminosa onde quer que esteja.
A Beatriz acredita que os sonhos se constroem com esforço, dedicação e esperança. Por isso, "insistir, persistir e nunca desistir dos nossos sonhos" é o seu lema de vida, tendo sempre o coração cheio de amor, propósitos e vontade e os pés bem assentes na terra.
 
Rita Castro
Educadora de Creche
 
Cristina Nunes
Auxiliar de Creche
Cristina Nunes
Auxiliar de Creche
A Cristina sempre sonhou ser cantora, mas foi a trabalhar com crianças que descobriu o seu verdadeiro palco! Tirou o curso profissional de Técnico de Apoio Psicossocial e, desde então, tem-se deixado encantar pelo trabalho com crianças. Adora acompanhar cada conquista, em especial os primeiros passos “em direção à autonomia” das crianças entre 1 e 2 anos.
Acredita que educar é estar presente e orientar, num equilíbrio entre dar a mão e deixar andar sozinho e vê a Lua Crescente a escola ideal para isso! Para ela, este projeto é sobre laços e afetos, que valoriza a individualidade de cada um ao dar espaço à curiosidade e à autonomia.
Sempre de sorriso nos lábios, daqui a uns anos quer ser recordada pelas crianças como alguém que as fez sentirem-se seguras e livres para serem quem são e que nunca se esqueçam do seu colo e dos seus abraços.
É fã de praia e adora passar tempo com a sua família e amigos e confessa que com eles tem sempre uma gargalhada garantida.
 
Paula Santos
Auxiliar de Creche
Paula Santos
Auxiliar de Creche
A Paula tem formação como técnica animadora de ação educativa e já trabalha desde 1996 com crianças, o que corresponde a, precisamente, metade da sua vida dedicada à educação. No entanto, quando era pequena tinha o sonho de ser veterinária.
O que mais gosta é de passar tempo de qualidade com os seus filhos e nada a deixa mais radiante que ver o seu neto crescer feliz e poder acompanhar o seu desenvolvimento diariamente. Gosta de ter a família reunida no seu quintal para almoçar e o seu prato favorito é arroz de marisco.
Trabalhou em algumas escolas antes de chegar à Lua Crescente, destacando que o que a chamou mais à atenção neste projeto foi o respeito pela individualidade de cada criança e a importância dada ao seu desenvolvimento pessoal e social.
O desafio que cada criança lhe dá com as suas diferentes características é o que a mais fascina, sendo que a faixa etária que a “derrete” é a do berçário, pelo desenvolvimento constante que se acompanha; e a do jardim-de-infância pelos diálogos que as crianças mantêm e, também, pelas aprendizagens que estas nos dão. Para a Paula, educar é estimular e acompanhar o desenvolvimento das crianças e gostava que, no final, estas a recordassem como amiga e como alguém que lhes transmite confiança.
Como lema de vida a Paula refere: “Para quê perder tempo a criticar os outros, se o lema da vida é ser feliz”.
 
Telma Mendes
Auxiliar de Creche
Telma Mendes
Auxiliar de Creche
Com 11 sobrinhos e uma filha, a nossa Telma costuma dizer que já tem experiência suficiente para abrir uma mini-escola em casa!
Para a Telma, educar é guiar e ajudar a crescer com respeito e foi na Lua Crescente que encontrou o lugar ideal para o fazer. Acredita que este projeto prepara as crianças para o futuro e as valoriza, respeitando os seus interesses e necessidades.
Adora todas as fases, mas confessa que as crianças com 1 ano a derretem especialmente, pela velocidade a que todas as conquistas acontecem.
“Para a frente é que é caminho” é a frase que a caracteriza e quem se cruza com ela tem sempre direito a uma bela gargalhada!
 
Vera Rocha
Auxiliar de Creche
Vera Rocha
Auxiliar de Creche
Até chegar à Lua Crescente, sempre trabalhou com atendimento ao público, mas foi aqui que descobriu a sua verdadeira paixão: trabalhar com crianças. Mãe de cinco filhos, a nossa “Verinha” adora acompanhar cada fase de desenvolvimento e garante que cada uma é cheia de desafios encantadores!
Para a Vera, educar é dar amor e ensinar a ser e a estar e acredita que a Lua Crescente é o lugar ideal para isso! Um lugar estruturado que apoia as crianças e as famílias no seu dia a dia. Um dia mais tarde, quer ser recordada pelo amor que dá a cada criança e por tudo o que lhes ensina sobre respeitar o próximo.
Está sempre pronta para a festa e música e dança não podem faltar... nem um belo bacalhau com natas, o seu prato favorito! Adora saber que os filhos estão bem, rir com pessoas “de bem com a vida” e não desperdiça uma boa piada.
 
Ana Soraia Vieira
Auxiliar Polivalente
Ana Soraia Vieira
Auxiliar Polivalente
Quando era pequena, a Soraia queria ser advogada, mas é a trabalhar com crianças que se sente realizada! Formou-se em Auxiliar de Ação Educativa e até então acumulou experiência em diversas instituições.
Nutre um carinho especial pelo berçário, mas confessa que todas as idades a fascinam! Adora a honestidade das crianças e a forma empática como consolam os outros.
Procura educar com amizade, para que as crianças se tornem responsáveis e respeitadoras e gostava de ser lembrada com um sorriso, pela simpatia que procura transmitir. Acredita que a Lua Crescente respeita o desenvolvimento pessoal e social de cada criança e destaca a atenção dada a cada família como algo estruturante no projeto.
Se a querem ver contente, contem-lhe uma anedota e dêem-lhe comida (principalmente uma feijoada à transmontana) e quem lhe tira um belo passeio pelo campo com a família, a ouvir o som dos pássaros, tira-lhe tudo!
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE COMO LIDAR COM A FRUSTRAÇÃO
É normal o meu filho chorar ou ficar muito zangado?
Sim, é perfeitamente normal. O choro e a zanga são formas naturais de expressão emocional e fazem parte do desenvolvimento.
Devo ceder para evitar as birras e frustrações do meu filho?
Não. Manter limites claros é fundamental para que a criança se sinta segura. O mais importante é mostrar compreensão, mas não voltar atrás nas decisões importantes.
Como posso ajudar o meu filho a lidar com o “não”?
Explique de forma calma e consistente porque existe aquele limite. Dê espaço para a criança sentir a emoção e mostre que pode pedir ajuda quando precisa.
Como as rotinas podem ajudar na gestão da frustração?
As rotinas previsíveis ajudam a criança a antecipar o que vai acontecer, criando um ambiente de segurança que facilita a aceitação dos limites e das regras.
O que fazer quando o meu filho tem uma birra em público?
Mantenha a calma, retire-o se necessário e valide a emoção. Depois, converse sobre o que aconteceu e, aos poucos, ensine estratégias para se acalmar.
A gestão das emoções pode ser ensinada na creche?
Sim! Na creche, trabalhamos diariamente a identificação, nomeação e regulação das emoções, valorizando cada pequeno progresso na autonomia emocional.
Como reforçar em casa o que se aprende na creche sobre frustração?
Seja consistente nos limites, acolha as emoções, valorize os pequenos progressos e converse com o seu filho sobre o que sente e como pode ultrapassar os momentos difíceis.
 
 
