Lua Crescente

Quando fazer o desfralde na Creche? Reconheça os sinais para uma transição tranquila

27 de Dezembro 2023, por Lua Crescente

O processo de desfralde é uma fase muito importante na vida de uma criança e um marco significativo no seu desenvolvimento. O desfralde na Creche é uma etapa decisiva neste processo, já que é neste ambiente que a criança passa uma grande parte do seu dia e onde vivencia diversas interações e aprendizagens.

Qual a idade certa para o desfralde? Como reconhecer os sinais de que a criança está pronta para dar este passo? Existem estratégias para tornar esta transição mais tranquila? Preparamos este artigo onde respondemos a estas questões.

Como iniciar o processo de desfralde na Creche?

O momento do desfralde na Creche representa uma grande conquista no que diz respeito à autonomia da criança. Por outro lado, é um processo que apresenta desafios tanto para as crianças como para a equipa educativa.

O desfralde deve ser um processo gradual, que respeita as necessidades individuais de cada criança, o seu próprio tempo e ritmo.

Iniciar o desfralde na Creche pode parecer complexo, mas com a abordagem adequada e com uma boa comunicação entre a escola e a família, é possível tornar esta transição mais tranquila e bem-sucedida.

Mas, antes de mais, é essencial perceber se a criança está pronta para dar este passo.

Quais os sinais a considerar para saber que pode iniciar o desfralde?

Reconhecer os sinais de que a criança está pronta para iniciar o desfralde é fundamental para evitar frustrações e tornar esta experiência mais positiva. É sempre importante lembrar que cada criança é única e pode atingir estes marcos de desenvolvimento em momentos diferentes. Tanto os pais como as equipas educativas devem respeitar o tempo de cada criança, oferecendo apoio e incentivo ao longo de todo o processo de desfralde.

Destacamos alguns dos principais indícios de que a criança pode estar pronta para iniciar o desfralde na Creche.

Controlo da bexiga: Se a criança já consegue aguentar o xixi durante algum tempo, é um indício de que já tem algum controlo sobre a sua bexiga;
Interesse e curiosidade pela casa de banho: Muitas vezes, as crianças demonstram algum interesse em usar a casa de banho. Além disso, podem ter alguma tendência para imitar colegas mais velhos ou adultos, pedindo mesmo para acompanhar no momento de ir a casa de banho;
Fralda seca durante algum tempo: Se notar que a criança aguenta com a fralda seca durante períodos de tempo mais longos, é um sinal que a sua capacidade de reter urina está a aumentar;
Comunicação verbal: A criança já consegue verbalizar as suas necessidades fisiológicas? Este é um bom sinal de que pode estar na altura de começar o desfralde na Creche;
Autonomia para se vestir e despir: É importante que a criança tenha a capacidade de se vestir e despir sozinha (pelo menos de forma parcial), para facilitar as idas à casa de banho.

É muito importante que os educadores e os pais estejam atentos aos sinais da criança e sejam pacientes durante o desfralde. Aos poucos, com o estímulo adequado, a criança vai tornar-se autónoma e independente nesta nova fase da sua vida.

Quais as melhores estratégias para um desfralde na Creche mais tranquilo?

Um desfralde na Creche tranquilo e bem-sucedido implica uma comunicação eficaz entre a escola e as famílias, a criação de rotinas de higiene bem estabelecidas, consistência e respeito pelo ritmo próprio de cada criança.

Rotina e higiene na escola

A rotina é uma das chaves para o sucesso do desfralde na Creche. Quanto têm uma sequência de atividades estabelecida, as crianças sentem-se mais seguras e confiantes, o que se reflete na sua estabilidade emocional. Esta rotina deve incluir momentos específicos para as crianças irem à casa de banho, por exemplo, antes e depois das refeições, antes de dormir ou, até mesmo, a cada duas horas ao longo do dia.

Nesta fase, é também importante incutir às crianças bons hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão sempre que usam a casa de banho.

Quando existe uma rotina e a higiene é priorizada, o desfralde pode ser bem mais calmo e prazeroso para a criança.

Comunicação entre a escola e a família

Para que a abordagem ao desfralde seja mais consistente e coerente, é fundamental que a escola e a família estejam alinhadas neste processo.

É fundamental que exista diálogo e a partilha de informações relativas, por exemplo, aos horários das idas à casa de banho, técnicas que melhor resultam com a criança, quais as suas maiores dificuldades e conquistas.

É possível criar um plano de desfralde em conjunto, com base nas necessidades individuais da criança. Esta é uma forma de escola e famílias trabalharem juntas para o sucesso desta etapa tão importante e significativa na vida da criança.

A equipa educativa pode, ainda, oferecer aos pais alguns conselhos práticos para lidar com eventuais dificuldades durante o desfralde.

Na Lua Crescente priorizamos as necessidades de cada criança, respeitamos o seu próprio desenvolvimento e trabalhamos sempre em conjunto para que o desfralde seja uma etapa tranquila na vida das crianças.
Sabemos que este processo pode gerar alguma ansiedade nos pais, por isso, estamos disponíveis para esclarecer todas as suas dúvidas. Marque uma visita connosco e descubra como fazemos o desfralde na Creche de uma forma tranquila e confortável para cada criança.

Trabalhos de casa no 1º Ciclo ou trabalhos na escola — qual a melhor opção?

20 de Dezembro 2023, por Lua Crescente

Ao longo dos primeiros anos de vida, as crianças são introduzidas a novas rotinas de aprendizagem e, aqui, a escola desempenha um papel essencial. Contudo, a aprendizagem vai muito além da sala de aula. Uma das formas de complementar estes momentos de aprendizagem é com a atribuição de trabalhos de casa às crianças do 1º ciclo. Estes trabalhos são considerados uma ferramenta importante para consolidar os conteúdos, além de promover o desenvolvimento das crianças.

No entanto, os trabalhos de casa são um tema que gera, ainda, algum debate. Por isso, reunimos neste artigo toda a informação sobre a importância, as vantagens e desvantagens desta abordagem. Descubra também como o Movimento Escola Moderna engloba os trabalhos de casa do 1º Ciclo na sua metodologia.

Quais as vantagens dos trabalhos de casa no 1º Ciclo?

Os trabalhos de casa no 1º Ciclo são uma prática comum no sistema de ensino, um pouco por todo o mundo. Mas, ao longo dos anos, têm sido alvo de discussão entre a comunidade escolar e os próprios encarregados de educação. Se há quem acredite que os trabalhos de casa desempenham um papel fundamental no processo de aprendizagem, também há quem defenda que estes podem causar um stress desnecessário nas crianças.

Afinal, quais são os benefícios dos trabalhos de casa?

Consolidação de conhecimento

Quando fazem os trabalhos de casa, as crianças reveem e praticam os conceitos apreendidos durante as aulas. Esta é uma forma de consolidar os conteúdos e a matéria e de estimular a pesquisa e a procura de informações complementares, enriquecendo os conhecimentos já adquiridos.

Desenvolvimento de competências

Com os trabalhos de casa, as crianças são desafiadas a resolver problemas, a organizar as suas ideias e, em algumas situações, a expressarem-se por escrito e a pensar de forma crítica.

Autonomia e responsabilidade

A atribuição de trabalhos de casa no 1º Ciclo contribui para desenvolver a autonomia e a responsabilidade das crianças. É uma forma de aprenderem a organizar o estudo, a gerir o seu tempo de forma eficiente, a estabelecer prioridades e a cumprir prazos.

Os trabalhos de casa desempenham um papel bastante importante no desenvolvimento da aprendizagem e na aquisição de conhecimentos para cumprir as metas curriculares do 1º Ciclo.

No entanto, é importante existir um cuidado especial para evitar sobrecarregar as crianças, ao mesmo tempo que se garante que estas atividades são um complemento eficaz no processo de ensino-aprendizagem.

Qual o papel dos trabalhos de casa no 1º Ciclo na metodologia do MEM?

No Movimento da Escola Moderna defendemos que os trabalhos de casa do 1º Ciclo devem ser uma tarefa prazerosa para as crianças, tendo em conta a sua individualidade e os seus próprios interesses.
Para nós, a aprendizagem deve ser significativa, ou seja, deve acontecer através de atividades relevantes, que façam sentido para cada criança, relacionadas com o seu conhecimento prévio e experiências pessoais.

É fundamental que as crianças tenham uma voz ativa no seu processo de aprendizagem. Devem ter a oportunidade de escolher temas e tomar decisões sobre as suas atividades escolares. E, aqui, a metodologia de trabalho por projetos no 1º Ciclo tem um papel de destaque. As crianças vão sentir-se mais envolvidas e motivadas a aprender, pois estarão envolvidas em atividades do seu interesse.

Cada criança tem um ritmo e uma forma de aprendizagem única, por isso, é fundamental que o ensino seja individualizado, tendo em conta estas particularidades. Como? Através de atividades diferenciadas, materiais adaptados às diferentes necessidades e estratégias de ensino que estimulem a participação e o envolvimento de todas as crianças.

Como conseguir um equilíbrio entre os trabalhos de casa e o tempo para brincar?

Um dos pontos principais a considerar nos trabalhos de casa do 1º Ciclo é o tempo livre das crianças. As atividades extracurriculares, as aulas ao longo do dia e os trabalhos de casa, podem levar a uma sobrecarga das crianças.

Por isso, é fundamental existir um equilíbrio entre as atividades letivas e o tempo livre das crianças, para que estas tenham tempo para descansar e para brincar — o que é fundamental para um desenvolvimento saudável.

Mas, como conseguir este equilíbrio?

Definir limites: As escolas e as equipas educativas devem estabelecer diretrizes claras sobre a quantidade de trabalhos de casa;
Atribuir trabalhos de casa que suscitem o interesse da criança: Os trabalhos de casa do 1º Ciclo devem ser um estímulo ao pensamento crítico, à criatividade e à aplicação dos conceitos apreendidos durante as aulas;
Tornar o tempo de estudo mais eficiente: Ajude as crianças com trabalhos de casa do 1º Ciclo a desenvolver competências de gestão de tempo e de planeamento. Incentive-as a planear as tarefas e a organizar o estudo, para conseguirem concluir os trabalhos e ainda terem tempo livre para brincar;
Colaboração entre a escola e as famílias: É essencial que pais e professores trabalhem em conjunto para garantir que as crianças têm tempo para descansar e para brincar.

Trabalhos de casa no 1º Ciclo ou trabalhos na escola?

Os trabalhos de casa no 1º Ciclo são uma oportunidade de a criança desenvolver a sua autonomia e a sua capacidade de gestão do tempo, bem como de rever os conteúdos. No entanto, quando atribuídos de forma excessiva e pouco significativa para as crianças, podem tornar-se um motivo de stress e ansiedade.

Já os trabalhos realizados na escola oferecem à criança alguns recursos adicionais, como o apoio dos professores ou a possibilidade de discutir os conteúdos com os seus colegas. São, também, uma ferramenta para desenvolver a capacidade de trabalho em equipa.

As duas abordagens apresentam vantagens e desvantagens, por isso, é fundamental que a escola encontre um equilíbrio entre estas duas práticas. Assim, ao mesmo tempo que as crianças consolidam o conhecimento adquirido, têm tempo para brincar e para descansar.

Na Lua Crescente valorizamos muito as necessidades individuais de cada criança. Por isso, temos uma especial atenção no que diz respeito à atribuição de tarefas complementares, para que, em momento algum, o tempo livre das nossas crianças fique comprometido.
Se gostava de saber mais sobre nós e sobre a nossa metodologia, contacte-nos ou venha conhecer-nos. Teremos todo o gosto em apresentar o nosso projeto educativo. Esperamos por si.

Quando é que as crianças devem deixar de dormir a sesta? Descubra algumas estratégias para ultrapassar esta fase com tranquilidade

23 de Novembro 2023, por Lua Crescente

Durante a primeira infância, dormir a sesta é essencial para o crescimento saudável das crianças. Uma rotina de sono adequada é fundamental para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional, para a consolidação da memória e da aprendizagem.

A sesta infantil permite que o corpo e a mente da criança descansem e recuperem das atividades diárias. Este é, também, o momento no qual as crianças recuperam as suas energias para continuarem o seu dia com boa disposição.

Neste artigo abordaremos:

A importância de compreender e valorizar a hora da sesta nas crianças,
As necessidades de sono nas diferentes idades;
Os fatores a ter em conta para perceber se está na altura da criança deixar de dormir a sesta;
Algumas estratégias para uma transição mais tranquila nesta fase.

Qual a importância de dormir a sesta?

Durante os momentos de sono, como ao dormir a sesta, o organismo da criança trabalha na regeneração celular e na consolidação da memória, contribuindo para um desenvolvimento físico e cognitivo adequado e saudável.

Dormir a sesta é fundamental para uma boa rotina de sono, mas, além disso, é essencial que a criança durma o número de horas suficiente durante a noite.

Quantas horas deve dormir a criança?

O número ideal de horas de sono varia consoante a idade e, depende claro de cada criança e do seu ritmo.

Recém-nascidos: os recém-nascidos podem dormir entre 14 a 17 horas por dia. Além da noite, dormem várias sestas durante o dia;
A partir dos 3 meses: nesta fase, os bebés começam a ter um padrão de sono mais regular e é recomendado que durmam de 12 a 15 horas por dia;
12 meses: a necessidade de dormir tantas horas começa a ser menor e grande parte das crianças desta idade dorme entre 11 a 14 horas por dia. É muito importante estabelecer uma rotina de sono consistente, com horários fixos para dormir e acordar, de forma a que a criança comece a regular o seu ritmo circadiano;
3 anos: a rotina de sono deve ser mantida, ajustando-se aos horários escolares. Nesta fase, as crianças precisam de dormir entre 10 e 13 horas diárias;
6 anos: a partir desta idade, grande parte das crianças precisa de 9 a 12 horas de sono por dia.

No entanto, é importante ter em conta que cada criança é única e tem as suas próprias necessidades, mesmo no que diz respeito ao sono.

Quando é que a criança pode deixar de dormir a sesta?

Dormir a sesta é uma parte muito importante do ciclo de sono das crianças pequenas. Mas, à medida que crescem, as suas necessidades e padrões de sono começam a mudar.

Esta é uma das dúvidas mais comuns entre os pais e a resposta certa depende de vários fatores.

Idade

Este é um dos principais pontos a ter em conta. Os bebés e as crianças pequenas precisam de várias sestas ao longo do dia para manterem uma boa rotina de sono. À medida que se aproximam dos 2-3 anos, grande parte das crianças começa a ter menos necessidade de dormir sestas, dormindo mais horas durante a noite.

Comportamento

Além da idade, o comportamento da criança é, também, um fator muito importante a considerar. Se notar que a criança resiste a dormir durante o dia, este pode ser um sinal de que está pronta para deixar de dormir a sesta.

Por outro lado, se durante o dia a criança se mostra sonolenta, irritada ou com dificuldades em manter-se concentrada, talvez seja melhor esperar antes de avançar.

Rotina diária

Além da rotina de sono em casa, as crianças têm um horário estabelecido para a sesta, caso frequentem a Creche ou o Jardim de Infância. Nestes casos, é importante seguir as recomendações da escola até que a criança esteja preparada para deixar de dormir a sesta.

Quando a altura de deixar a sesta chegar, é fundamental que esta transição seja feita de forma gradual.

Como ajudar a criança a deixar de dormir a sesta de forma tranquila?

Apesar de a sesta ser benéfica, a partir de uma determinada altura as crianças têm necessidade de deixar este hábito, passando a manter uma rotina de sono apenas à noite.

E, para que esta transição aconteça de uma forma natural e tranquila, existem algumas estratégias que pode implementar.

estrategias para deixar de dormir a sesta

Tenha atenção aos sinais

Todas as crianças são diferentes e a idade em que deixam de precisar da sesta varia. Por isso, é muito importante prestar atenção aos sinais que revelam se a criança está pronta para abandonar este hábito.

Reduza (de forma gradual) o tempo da sesta

Para eliminar este hábito de sono infantil, pode começar por reduzir a duração da sesta. Se a criança costuma dormir 2 horas, deixe-a dormir apenas 1 hora e meia e vá reduzindo aos poucos. Desta forma, a criança vai-se habituar a dormir menos durante o dia.

Ajuste o horário de dormir

Como reduziu a duração da sesta, é importante compensar este tempo no sono da noite. Por isso, comece a deitar a criança um pouco mais cedo.

Crie uma rotina antes de deitar

Crie um ambiente relaxante para preparar a criança para dormir — pode ser um banho, uma história ou uma música calma. Uma rotina tranquila antes de deitar pode mesmo ser um dos segredos para uma boa noite de sono.

Mantenha a criança estimulada durante o dia

Quando as crianças passam o dia envolvidas em atividades estimulantes e envolventes vão sentir-se mais cansadas ao final do dia, tornando o momento de dormir um pouco mais fácil.

Seja consistente

Estabeleça uma rotina e horários de sono e cumpra-a tanto quanto possível. A consistência é essencial durante esta transição para deixar de dormir a sesta.

Mantenha-se firme

Este processo pode demorar algum tempo e exigir alguma paciência. Nem sempre a criança se adapta a esta nova rotina sem resistência ou algum tipo de dificuldade. Por isso, ofereça todo o apoio e compreensão que as crianças precisam nesta fase.

No Movimento Escola Moderna até quando é que as crianças dormem a sesta?

Na Lua Crescente valorizamos a importância do descanso e do sono para o desenvolvimento das crianças. Por isso, as crianças podem dormir a sesta enquanto sentirem essa necessidade, mesmo durante a frequência no Jardim de Infância.

Contudo, à medida que o 1º Ciclo se aproxima, incentivamos uma transição gradual para que deixem a sesta e se preparem para esta nova fase onde deixam de ter este período de sono durante o dia.

Ao longo deste processo, apoiamos as crianças e as suas famílias e, em conjunto, tentamos encontrar as melhores estratégias para que a adaptação a esta nova fase seja mais simples.
Para nós cada criança é única, estamos sempre atentos e respeitamos todos os sinais relativos à rotina do sono para ajustarmos a rotina da criança às suas próprias necessidades. Deixamos um convite para a vir conhecer a nossa escola, a nossa equipa e o nosso projeto educativo.

Por que razão se deve introduzir as tradições e costumes nas atividades para fazer na escola?

16 de Outubro 2023, por Lua Crescente

A escola é um espaço de aprendizagem, mas, ao mesmo tempo, é uma oportunidade para o desenvolvimento social e cultural das crianças. Introduzir as tradições e costumes nas atividades para fazer na escola contribui para a valorização da cultura e da identidade dos alunos.

Além disso, ao trazer estes elementos culturais para o ambiente escolar, as crianças desenvolvem novos horizontes e começam a perceber a importância da diversidade cultural.

Neste artigo vamos falar sobre a importância da integração de tradições e costumes nos planos curriculares e de que forma as abordagens pedagógicas podem ser adaptadas para promover esta inclusão. Descubra, também, de que forma o Movimento Escola Moderna promove o respeito e a valorização das diferentes tradições e costumes das crianças.

Qual a importância do ensino de costumes e tradições?

projetos dos alunos da Escola Lua Crescente sobre tradições

O ensino de costumes e tradições oferece às crianças uma base sólida para compreenderem e valorizarem a diversidade, ao mesmo tempo que incentiva o respeito e a tolerância em relação às diferenças culturais.

Englobar as tradições e costumes nas atividades para fazer na escola é um estímulo à empatia, à compreensão, e uma forma de mitigar preconceitos e estereótipos.

As tradições são expressões culturais passadas de geração em geração e refletem as crenças e valores de uma sociedade. Quando as crianças têm contacto com estas tradições, é uma garantia que elas prevalecem ao longo do tempo e o património cultural desta comunidade se mantém presente.

Esta é uma forma de as crianças conhecerem e se conectarem com as suas próprias raízes culturais e com a sua história, permitindo a formação da sua identidade cultural.

Ao terem contacto com diferentes costumes e tradições, as crianças são incentivadas a questionar e a refletir, desenvolvendo o seu espírito crítico. A compreensão da sua própria cultura e da cultura dos seus colegas é fundamental para estimular a curiosidade e promover uma aprendizagem intercultural.

Como integrar as tradições e costumes nas atividades para fazer na escola?

Dar a conhecer às crianças as diferentes tradições e costumes — do país e do mundo — através das atividades escolares é fundamental para fomentar uma maior valorização da cultura e o respeito pela diversidade.

Estas são algumas sugestões de recursos possíveis para integrar estes valores culturais no ambiente escolar.

integrar as tradições na escola da Lua Crescente

1– Pesquisa

Seja através de trabalhos de pesquisa, pequenas apresentações na sala de aula, trabalhos por projetos, visitas de estudo ou exposições, as crianças podem ser incentivadas a descobrir diferentes costumes e tradições típicas.

Por exemplo, a turma pode ser dividida em vários grupos e cada um deles fazer um pequeno trabalho de pesquisa e apresentação sobre os santos populares, tão valorizados em Portugal. No caso das crianças mais pequenas, podem fazer alguns trabalhos manuais, com pinturas e colagens, alusivos a este tema.

Além disso, podem ainda organizar visitas de estudo onde as crianças tenham contacto com dois dos elementos mais típicos de Portugal — o azulejo e a filigrana.

Estas atividades podem ser realizadas desde a creche ao 1º ciclo e permitem às crianças — além do conhecimento sobre o tema — desenvolver competências de trabalho em equipa, de pesquisa e, também, trabalhar o seu lado criativo.

Ao longo do ano letivo, a escola pode organizar pequenas comemorações temáticas que incluam diferentes costumes. As crianças podem participar em danças, músicas, atividades gastronómicas e de artesanato típicas de determinada região.

Alguns exemplos bem conhecidos são o típico rancho português, os cantares alentejanos ou os Pauliteiros de Miranda.

2- Literatura

Existem diversos livros dedicados a diferentes culturas que as crianças podem usar para aprender sobre os valores e as tradições de cada cultura. É fundamental promover momentos de leitura e de partilha com base neste tipo de literatura.

3– Convidados especiais

Existem atividades para fazer na escola que incentivam uma aprendizagem mais dinâmica e interativa. E, para promover um maior conhecimento sobre as diferentes culturas, a escola pode convidar membros de uma determinada comunidade ou região para partilhar as suas experiências e o seu conhecimento sobre as tradições.

Por que não convidar alguém que apresente às crianças um dos maiores símbolos da tradição portuguesa, o Galo de Barcelos?

4– Peças de teatro

A encenação de pequenas peças de teatro que retratem diferentes tradições permite que a criança se envolva de forma mais direta na aprendizagem e adquira o conhecimento sobre a cultura que está a representar.

A palavra saudade é de origem portuguesa e, até hoje, continua sem tradução possível para qualquer outra língua. Fazer uma pequena encenação com base nesta temática será uma boa oportunidade de mostrar às crianças a origem deste termo tão especial, bem como de dar asas à sua imaginação.

5– Celebração da cultura

As escolas devem incentivar as crianças a celebrar as tradições e a cultura portuguesa, mantendo viva a identidade cultural do país.

Temos como exemplo o “Pão por Deus”, uma das maiores tradições de Portugal, celebrado no dia 1 de novembro. As crianças batem de porta em porta, recitam versos e recebem pão e frutas. Além de manterem viva a memória dos seus antepassados, esta é uma oportunidade de partilharem comida com os mais desfavorecidos.

As atividades para fazer na escola representam uma oportunidade de conhecer e apreciar estas tradições e permitem às crianças desenvolver um sentimento de pertença e de grande orgulho na sua cultura.

De que forma o Movimento Escola Moderna promove a diversidade na sua abordagem?

O MEM defende uma abordagem educacional que valoriza a diversidade e promove a inclusão das crianças de todas as culturas, com as suas tradições, costumes e culturas próprias. Nesta metodologia, as diferenças culturais são celebradas e as crianças são incentivadas a aprender e a partilhar as suas experiências nas atividades para fazer na escola.

Vivemos numa sociedade onde a diversidade cultural tem crescido e as escolas recebem cada vez mais crianças com diferentes costumes. Mesmo fora dos seus países de origem, é importante que estas crianças se mantenham próximas das suas raízes e tradições para que, além de conhecerem a sua história, se sintam integrados junto dos seus pares. Por isso, incluir as tradições nas atividades para fazer na escola é um grande passo neste sentido.

Na Lua Crescente valorizamos a diversidade cultural no nosso plano curricular. Queremos formar crianças empáticas, respeitosas, compreensivas e conscientes, capazes de viver em harmonia numa sociedade cada vez mais multicultural. Agende já a sua visita e venha conhecer a nossa abordagem pedagógica.

Os 10 principais marcos de desenvolvimento motor na infância

12 de Outubro 2023, por Lua Crescente

Desde os primeiros meses de vida, e durante os anos seguintes, as crianças alcançam vários marcos de desenvolvimento motor. Estes marcos representam habilidades e competências específicas que devem ser adquiridos em determinadas idades, para que a criança se desenvolva de forma saudável.

No entanto, é importante realçar que cada criança tem o seu próprio ritmo, por isso, é natural que algumas atinjam determinados marcos de desenvolvimento motor mais cedo do que outras.

Quer saber quais as principais etapas de desenvolvimento e de que forma pode estimular a criança a alcançar cada uma destas fases? Encontre neste artigo toda a informação sobre o tema.

Quais são os principais marcos de desenvolvimento motor nas crianças?

Os marcos de desenvolvimento motor representam a evolução e a aquisição de habilidades motoras essenciais.

Os 10 principais marcos de desenvolvimento infantil são:

1- Dos 2 aos 4 meses — controlar a cabeça e pescoço

É nesta fase que os bebés desenvolvem a capacidade de levantar e segurar a cabeça durante breves segundos, quando se encontram deitados na posição de bruços. Além disso, começam a ter um maior controlo sobre os movimentos da cabeça e do pescoço, sendo capazes de acompanhar objetos ou pessoas em movimento.

2- Dos 4 aos 6 meses — rolar

Com o aumento da força e do controlo muscular típico nesta idade, os bebés começam a ser capazes de rolar de uma posição para outra, por exemplo, da posição de costas para a de barriga.

3– Dos 6 aos 8 meses — sentar

É nesta idade que os bebés desenvolvem a força e o equilíbrio suficientes para se sentarem sozinhos. Regra geral, começam por aguentar breves minutos e, aos poucos, conseguem estar mais tempo nesta posição.

4– Dos 7 aos 10 meses — gatinhar

Este é um dos marcos do desenvolvimento que muitos pais anseiam. Os bebés já conseguem coordenar os seus movimentos para se moverem sobre as suas mãos e joelhos. Ao adquirir esta habilidade motora, fortalecem os músculos de todo o corpo e os bebés desenvolvem a capacidade de coordenação.

5– Dos 9 aos 12 meses — ficar em pé

Neste período, os bebés começam a ter mais força nas pernas e nos músculos do tronco responsáveis pela postura. Agarrados aos móveis ou a outras superfícies, já têm a capacidade de se manter em pé.

6– Dos 12 aos 15 meses — andar

Começar a andar é um dos grandes marcos de desenvolvimento motor do bebé. Começam a dar os seus primeiros passos de forma independente, agarrados aos móveis ou pela mão de um adulto. À medida que se sentem mais confiantes e ganham equilíbrio, começam a andar sozinhos.

7– Dos 2 aos 3 anos — correr e saltar

Nesta idade, as crianças já têm alguma confiança nas suas capacidades motoras. Por isso, começam a correr e a saltar, o que lhes permite explorar o ambiente ao seu redor de forma mais independente.

8– Dos 3 aos 4 anos — saltar ao pé-coxinho

As crianças desta faixa etária desenvolvem a capacidade de se equilibrarem apenas num pé. Esta é uma etapa que já exige um bom controlo muscular.

9– Dos 4 aos 6 anos — motricidade fina

Com uma maior destreza e coordenação, as crianças desenvolvem as suas habilidades motoras finas — por exemplo, desenhar, recortar, apertar os sapatos.

10– Dos 5 aos 7 anos — habilidades motoras avançadas

Nestas idades, as crianças já têm um maior controlo das suas capacidades motoras e, também, de coordenação. Por isso, começam a ser capazes de saltar à corda, andar de bicicleta e de patins.

É muito importante ter em conta que estes são marcos de desenvolvimento motor gerais e que cada criança irá alcançar cada um deles ao seu próprio ritmo. Os cuidadores e as equipas educativas devem oferecer às crianças as oportunidades e os estímulos necessários para um desenvolvimento equilibrado e saudável.

As atividades extracurriculares são benéficas para o desenvolvimento motor?

As atividades extracurriculares são fundamentais para ajudar as crianças a atingir os diferentes marcos do desenvolvimento motor. Veja os nossos exemplos:

Quando praticam desporto, por exemplo, as crianças são estimuladas e incentivadas a realizar movimentos corporais — correr, saltar, lançar — cruciais para o desenvolvimento da sua coordenação motora, do seu equilíbrio, agilidade e força muscular.

crianças a fazer desporto na escola lua crescente

Através da dança, as crianças aprendem a controlar melhor os seus movimentos, a perceber um pouco melhor o seu corpo e a dominar o espaço.

Já as aulas de música, por exemplo, exigem que a criança use as mãos de forma precisa e coordenada. As artes são muito importantes para o desenvolvimento das habilidades de motricidade fina, pois permitem que a criança trabalhe a sua destreza manual, bem como a manipulação de objetos.

Atividades como natação, yoga e artes marciais contribuem para fortalecer os músculos e corrigir problemas de postura e trabalhar a respiração.

As atividades motoras para crianças também são importantes para melhorar a postura e resistência física.

De que forma o Movimento Escola Moderna incorpora os marcos de desenvolvimento motor na sua abordagem?

atividades de crianças na escola lua crescente

A educação na Escola Moderna incorpora os marcos de desenvolvimento motor na sua abordagem de várias formas.

No programa curricular do MEM, a atividade física é uma componente essencial, enquanto contribui para um desenvolvimento saudável e equilibrado das crianças, quer a nível cognitivo, como emocional.

Defendemos, também, que as crianças devem explorar o mundo através da brincadeira e do movimento livre, pois é uma forma de desenvolverem as suas capacidades de uma forma natural e agradável para elas.

Além disso, no MEM, o respeito pela individualidade e pelo ritmo próprio da criança é um pilar fundamental. A capacidade de reconhecer que cada criança é única, com as suas próprias capacidades e interesses é determinante para um ambiente de aprendizagem mais eficaz.

Na Lua Crescente, incluímos nas atividades diárias várias brincadeiras e jogos que estimulam o desenvolvimento das capacidades motoras das crianças. Estas atividades são uma oportunidade para experimentarem novos movimentos, para trabalharem a sua coordenação e para aperfeiçoarem as suas habilidades.
Gostava de conhecer a nossa abordagem pedagógica com mais detalhe? Agende a sua visita à Lua Crescente e venha descobrir quais os benefícios do MEM na educação.