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Lua Crescente - Berçário, Creche, Jardim de infância e 1º Ciclo

Berçário, Creche, Jardim de infância e 1º Ciclo. No Parque das Nações, em Lisboa, muito perto da Portela, Moscavide, Olivais e Sacavém.

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Creche

Quando e como tirar a fralda ao meu filho?

24 de Agosto 2020, por Lua Crescente

Num abrir e fechar de olhos, as crianças começam a ultrapassar cada uma das etapas mais marcantes do seu crescimento, entre as quais se inclui a hora em que deixam de usar fraldas.

Ainda assim, este é um assunto que inquieta muitos pais, principalmente porque é comum existir uma espécie de comparação com outros casos conhecidos, procurando saber se a criança está dentro do tempo “certo”, seja lá o que isso for.

Como forma de ajudar e aliviar um pouco a consciência (e o coração) de alguns pais, hoje vamos dar todas as informações que precisa para que esta fase seja ultrapassada com tranquilidade.

Existe uma idade recomendada para o desfralde?

A primeira noção a reter é a de que o desfralde não é apenas um hábito que se treina – exige uma capacidade de controlo dos esfíncteres.

E o que são esfíncteres? São músculos de fibras circulares, responsáveis pela contração de algumas zonas. Assim, quando são desenvolvidos, as crianças aprendem a reter as necessidades.

Posto isto, ainda que possam existir padrões noutras áreas do desenvolvimento infantil, esta não é uma delas, uma vez que todas as crianças são diferentes e atingem este estado de maturidade em alturas distintas.

Contudo, Olga Reis, psicóloga clínica, considera pouco provável que aconteça antes dos 18 meses.

Também o pediatra Fernando Chaves acredita que, por norma, o processo se inicia por volta dos 2 anos, ainda que existam muitas variações, tal como acontece com o andar ou o falar.

Ainda assim, o pediatra defende que pode ser mais rápido para crianças que tenham irmãos mais velhos, pois “funcionam por imitação e observação”.

Portanto, o tempo certo é quando a criança estiver preparada para a mudança. Nessa altura, Fernando Chaves acredita que “o processo pode fazer-se em duas ou três semanas”, mas também é variável.

Mais: alerta para a importância de respeitar o ritmo individual de desenvolvimento de cada uma, pois forçar pode ter o efeito contrário e gerar frustrações.

Tirar a fralda no verão – sim ou não?

Existem muitas opiniões que defendem que o verão é a melhor altura para iniciar o desfralde, por haver menos roupa e por dar menos trabalho.

No entanto, como já vimos, é importante não acelerar ou atrasar a mudança por questões de facilidade. Se a criança se mostrar pronta no inverno, que razões há para esperar?

Como reconhecer os sinais?

A criança está pronta para deixar as fraldas quando começa a ter consciência do processo. Nessa altura, revela alguns sinais a que os pais devem estar atentos, nomeadamente:

  • Avisar que tem a fralda suja;
  • Ter a fralda seca depois da sesta ou de manhã ao acordar;
  • Avisar quando está a fazer chichi ou cocó;
  • Mostrar autonomia, como vestir ou despir.

Ainda assim, os pais devem ter consciência de que se trata de um processo que nem sempre é fácil e linear – é natural existir descuidos, pelo que devem ter doses extra de paciência e carinho.

O que posso fazer para ajudar no desfralde?

Desengane-se se pensa que são apenas as crianças que têm de estar preparadas – este é um trabalho de equipa, que conta com a colaboração dos pais.

Partindo do princípio que a criança está pronta para a mudança, podem começar por tirar a fralda durante o dia, já que, nesse período, a criança está consciente e o controlo é maior.

Depois, podem fazê-lo durante os períodos de sesta e só por fim à noite.

Além disso, podem seguir as seguintes recomendações:

  • Lembrar ao longo do dia para avisar se sentir vontade;
  • Felicitar se conseguir usar o bacio (lembre-se: reforço positivo não é recompensa material);
  • Vestir roupa prática de vestir e despir;
  • Utilizar roupa interior apelativa ou com bonecos;
  • Reduzir os líquidos à noite;
  • Evitar ralhar ou humilhar, sob risco de criar associações negativas;
  • Levar à casa de banho antes de sair de casa ou antes de dormir.

Por último, um conselho chave: uma vez iniciado o processo, não volte atrás. Deve ser firme e consistente para que não haja retrocessos.

Aliança entre a Creche e a família para um desenvolvimento saudável

Para que o desenvolvimento ocorra de forma coerente, é fundamental existir comunicação e cooperação entre a família e a creche, já que é lá que passam grande parte do tempo.

Além do mais, em conjunto, este é um caminho mais fácil de percorrer, uma vez que os educadores podem aconselhar os pais, discutindo o assunto com experiência e conhecimento de causa.

As educadoras da Lua Crescente têm como preocupação central contribuir para que todas as crianças cresçam em equilíbrio e no seu próprio ritmo, e a sua não é exceção.

A equipa da Lua Crescente apoia as famílias ao longo do processo de desfralde, indicando, de acordo com a experiência e o conhecimento de cada criança, os tempos adequados a cada fase do processo.

Arquivado em:Creche Marcados com:Creche

Medidas de Contingência na Lua Crescente face à COVID-19

10 de Agosto 2020, por Lua Crescente

Com a retoma da vida normal, embora com limitações, em tempos de pandemia mundial, uma das grandes preocupações dos pais é garantir a saúde dos seus filhos – principalmente na escola, onde passam grande parte do seu tempo. 

Em tempo de Pandemia declarada pela OMS, a retoma da economia do país e, consequentemente, da atividade laboral das famílias, gera uma grande preocupação em garantir a segurança dos seus filhos. 

Ainda que o medo seja normal, a informação é a chave para um dia a dia mais tranquilo. 

Face a esta nova realidade e às recomendações da Direção Geral da Saúde (DGS), queremos partilhar consigo o plano de contingência da Lua Crescente, desenhado para reduzir ao máximo o contágio, proteger crianças, familiares e profissionais e elaborado para proteger a saúde das crianças, dos familiares e dos profissionais e garantir a higiene e segurança do ambiente educativo.

Por que são necessárias Medidas de Contingência específicas para Creches / Jardins de Infância?

De acordo com alguns dados divulgados, os efeitos da infeção por COVID-19 nas crianças evoluem positivamente, na sua maioria, sem grandes complicações.

Ainda assim, e como podem também ser fonte de contágio para outras pessoas, a prevenção é o melhor investimento. 

As medidas de controlo aplicadas nas creches / jardins de infância são necessárias porque o risco de transmissão do vírus aumenta em espaços fechados com um número elevado de pessoas.

A estas razões junta-se ainda o facto de as crianças terem mais dificuldade em aderir a medidas de prevenção de forma autónoma.

De acordo com alguns dados divulgados, os efeitos da infeção por COVID-19 nas crianças evoluem positivamente, na sua maioria, sem grandes complicações. Ainda assim, e dado que as crianças também podem ser fonte de contágio para outras pessoas, a prevenção é o melhor investimento. 

Sabe-se que o risco de transmissão do vírus aumenta em espaços fechados com um número elevado de pessoas, o que torna essencial aplicar medidas de contingência nos contextos educativos, pois as próprias crianças têm mais dificuldade em implementar medidas de prevenção autonomamente. 

Preparação da Equipa

Todos os colaboradores da Lua Crescente têm formação em normas de higiene, desinfeção e segurança, e conhecimento do plano de atuação em caso de suspeita de contágio.

Durante as horas de funcionamento, todos os profissionais utilizam máscara e, quando necessário, outros Equipamentos de Proteção Individual como, por exemplo, luvas, viseira, etc., assim como, calçado e vestuário exclusivo da escola.

Para além disso, como forma de prevenir o contágio, procedem à desinfeção das mãos com frequência e evitam tocar na boca, face ou olhos das crianças. 

O dia a dia na Escola em tempos de pandemia

A chegada

Como forma de limitar o acesso às instalações, a entrada na Escola é realizada de forma individual, pelo que os pais devem aguardar no exterior, com a devida distância de segurança, até serem acolhidos pelo responsável.

A partir daí, segue-se um conjunto de procedimentos:

  1. Medir a temperatura;
  2. Descalçar os sapatos na chamada “zona suja”;
  3. Trocar por outro par, de uso exclusivo da escola;
  4. Lavar as mãos.

As crianças devem também estar munidas de uma muda de roupa.

Além disso, os brinquedos trazidos de casa são desencorajados.

Higienização e Limpeza

Para que a higienização das mãos seja frequente, foram instalados vários doseadores com soluções à base de álcool em diferentes zonas, como instalações sanitárias, locais de entrada e saída e ainda nas salas.

As crianças pequenas e, naturalmente, com pouca autonomia, são acompanhadas e incentivadas a lavar as mãos, diversas vezes, ao longo do dia, até este hábito de higiene se tornar parte integrante da sua rotina. 

Ainda que todos os espaços sejam desinfetados várias vezes, alguns objetos/locais requerem especial cuidado, nomeadamente:

  • Superfícies frequentemente tocadas (maçanetas, corrimões, interruptores, etc.);
  • Brinquedos (sendo que aqueles que não são essenciais, ou facilmente laváveis, foram removidos);
  • Materiais pedagógicos e outros equipamentos (fraldário, berços, camas, mesas, cadeiras, etc.).

No refeitório, as crianças comem com distanciamento entre si e cada criança tem o seu lugar fixo à mesa (como habitualmente). Durante as refeições, a equipa tem especial atenção de forma a impedir a troca de utensílios, como pratos, talheres e copos, principalmente entre as crianças mais novas, assim como a partilha de alimentos. 

Por último, sempre que possível, optamos por realizar atividades no exterior e garantimos uma boa ventilação dos espaços fechados ao abrir portas e janelas – com as devidas medidas de segurança. 

Distanciamento

Quando falamos de crianças, sabemos o quão difícil é garantir as recomendações de distanciamento social.

Reconhecendo essa característica das crianças, são implementadas medidas de distanciamento em alguns momentos da rotina: 

  • Organização de horários diferentes para evitar cruzamento entre grupos (para sestas, refeições e tempo no exterior);
  • Cancelamento de festas, visitas e outras atividades que exijam convidados;
  • Camas e berços dispostos com o devido distanciamento, de preferência alternando a posição dos pés e cabeça das crianças;
  • Marcação de lugares durante a refeição;
  • Distanciamento entre cadeiras e outros objetos onde se instalem;
  • Limitação do número de crianças nas casas de banho.

Para além disso, as salas são fixas, sendo que cada colaborador é responsável apenas por um grupo, a fim de evitar contactos entre pessoas de grupos distintos. 

O que fazer perante um caso suspeito?

Se alguma criança tiver sintomas enquanto está na escola, será encaminhada para uma área de isolamento previamente preparada, através de circuitos próprios, devidamente definidos e marcados no espaço da escola. 

De seguida, é realizado o contacto com a família, para a recolha tão breve quanto possível, com a Linha SNS 24 e restante comunidade escolar.

Caso note algum sintoma da COVID-19 na sua criança, ou se a mesma tiver estado em contacto com alguém infetado, comunique à Lua Crescente mas não a leve à escola.

Unir esforços em prol da saúde de todos

A criação de um plano de contingência, por si só, não é suficiente – o seu cumprimento depende do empenho de todos, pais e colaboradores Escola.

Só assim é possível alcançar o maior objetivo: preservar a saúde de todos e manter os princípios educativos.

Ainda assim, o plano está sujeito a alterações mediante indicações, pelo que os pais são informados via e-mail.

A Lua Crescente está preparada para acolher a sua criança da forma mais segura possível, levando a cabo a sua missão – contribuir para um crescimento saudável, mesmo num tempo desafiante.

Arquivado em:Creche, Jardim de Infância Marcados com:crianças

As crianças devem ir para os Avós ou para a Creche?

10 de Agosto 2020, por Lua Crescente

Uma das maiores fontes de stress para os pais surge na altura de escolher um local onde deixar as crianças durante o dia, principalmente se não houver possibilidade de ficar em casa com elas.

Geralmente, as opções passam por deixá-las na escola ou com os avós.

Ainda assim, para ambas as situações, existem muitas ideias preconcebidas e opiniões divergentes, pelo que não é de admirar que os pais se sintam confusos quanto à melhor opção.

Será que na escola o seu desenvolvimento será mais estimulado? Ou, pelo contrário, com os avós conseguem crescer na mesma medida?

Hoje vamos desmistificar este tema para que se sinta confiante na hora de escolher, independentemente da decisão.

A tendência em Portugal

De acordo com um estudo levado a cabo pela Fundação Calouste Gulbenkian, o nosso país tem a percentagem mais elevada de mães que trabalham a tempo inteiro, comparativamente com os outros 11 países estudados, daí a necessidade de encontrarem soluções para deixarem os filhos.

Além disso, o mesmo estudo indica que, em Portugal, a percentagem relativa à prestação de cuidados por parte dos avós é elevada, dado que os apoios e recursos às estruturas formais de acolhimento são limitados.

Ainda assim, a mesma tendência repete-se um pouco por toda a Europa, sendo as avós em particular as principais cuidadoras nestes casos, geralmente as que se encontram entre os 50 e os 69 anos e que não exercem empregos remunerados.

Desenvolvimento das crianças na Escola

De forma geral, e de acordo com a psicóloga Inês Chiote Rodrigues, os pais que optam por colocar as crianças na escola desde cedo tomam essa decisão por acreditarem que estão a “promover o seu desenvolvimento”.

E será importante?

De facto, a escola pode trazer muitos benefícios, nomeadamente:

  • Potencia a socialização;
  • Fomenta valores como a partilha e respeito pelos pares;
  • Serve como preparação para a vida escolar;
  • Incentiva ao respeito pelas regras e rotinas.

Além do mais, quando estão na escola encontram-se acompanhadas por profissionais experientes, que conhecem os melhores métodos para que se desenvolvam a nível social, cognitivo e emocional.

No entanto, uma das preocupações dos pais, que pode fazer com que se adie a entrada dos filhos na escola, prende-se com a frequência com que ficam doentes em ambiente escolar. Ainda assim, o contacto com algumas doenças e infeções pode ser benéfico para estimular o seu sistema imunitário.

Contudo, de acordo com a educadora Gabriela Silva, tudo depende do timing da criança, pelo que estar na escola não significa obrigatoriamente que o seu desenvolvimento seja maior.

Qual a idade ideal?

Mesmo que varie de criança para criança, o pediatra José Aparício defende que, no primeiro ano de vida, a criança não interage intencionalmente com os seus pares, pelo que a socialização não será a razão mais válida. 

No entanto, terão, à partida, rotinas mais estruturadas desde cedo, o que fará que a criança se estruture no que à segurança emocional diz respeito.

Portanto, não haverá uma idade ideal para entrada na creche e em todas as etapas haverá prós e contras. Os pais devem medir todas as condições e possibilidades da sua própria família e tomar a decisão sem se sentirem culpados, independentemente da sua escolha.

E se ficarem com os avós?

Existem muitas razões para que os pais optem por deixar os filhos com os avós, sendo que algumas prendem-se com razões monetárias, de incompatibilidade de horários ou até de segurança.

Além do mais, numa altura de ansiedade como a de deixar os filhos pela primeira vez, confiá-los a alguém com quem existe uma relação afetiva pode contribuir para aumentar a confiança.

Ainda assim, será que o desenvolvimento não é comprometido?

De acordo com Inês Chiote Rodrigues, tudo depende da forma como a criança é estimulada em casa dos avós – se “houver interação suficiente, saídas até aos parques infantis, interação com outras crianças e estabelecimento e firmeza de regras e rotinas”, o desenvolvimento será igualmente saudável.

Mais: existe até uma oportunidade para observar, escutar e conhecer melhor as crianças, pois a atenção não é dividida, como na escola.

Assim sendo, existem avós que se tornam verdadeiros educadores, pelo que, nesse caso, poderá ser benéfico usufruir da oportunidade.

O que os avós devem evitar?

Apesar de todas as vantagens, a ideia de que os avós podem “estragar” a criança ainda é muito presente.

Então, devem evitar comportamentos como:

  • Falar “à bebé”, para não prejudicar a linguagem oral;
  • Impedir a experimentação de novos alimentos, texturas e sabores;
  • Assumir sempre os hábitos de higiene pessoal;
  • Questionar e quebrar ordens e regras dos pais.

 Se estas questões acontecerem de forma frequente, os pais poderão sempre repensar a sua tomada de decisão.

Crescer em todos os lugares

Seja na creche ou com os avós, a solução ideal depende sempre de cada família e, principalmente, de cada criança, pelo que, se existe um segredo neste assunto, é prestar atenção às suas necessidades e ritmo de desenvolvimento.

Afinal de contas, a qualidade do tempo é o que faz a diferença nos resultados sociais, de saúde, cognitivos e emocionais.

Independentemente da decisão, o importante é que haja entendimento com os pais, de forma a contribuir para um crescimento saudável e consistente.Na Lua Crescente, acreditamos no acompanhamento personalizado, respeitando a individualidade de cada criança. Caso seja a sua opção, estamos preparados para proporcionar um desenvolvimento estimulante e feliz.

Arquivado em:Creche Marcados com:Creche

A minha criança mordeu outra. E agora?

22 de Junho 2020, por Lua Crescente

Durante o crescimento, é comum os pais notarem que, de vez em quando, os filhos mordem nos colegas da escola ou até noutras crianças com as quais convivem.

Não sendo uma situação agradável, é normal que os progenitores e encarregados de educação não saibam como lidar com estes incidentes.

Encontre, neste artigo, a explicação para este comportamento e algumas recomendações para compreender melhor a sua criança.

Porque é que as crianças mordem?

Certamente todos os pais notam que, numa determinada fase, as crianças levam alguns objetos à boca de forma recorrente.

O neurologista e psicólogo Freud dizia que a satisfação em colocar objetos na boca é comum desde o nascimento até por volta dos 18 meses ou 2 anos.

Isto acontece porque, graças à amamentação, a primeira parte do corpo que uma criança reconhece em si é a boca. Assim, o ato de morder pode ser uma forma de tentar conhecer o mundo.

Em algumas fases do seu desenvolvimento, é normal que as crianças ainda não possuam habilidades linguísticas suficientes, pelo que expressam o que sentem da forma que conseguem. 

Por isso, é frequente que mordam, assim como tirem os brinquedos da mão de outra criança.

Normalmente, não o fazem com o intuito de magoar. Aliás, por vezes, nem sabem que provoca dor.

Além do mais, este comportamento é recorrente quando a dentição começa a nascer, por volta do 1.º ano de vida.

Há, no entanto, outras razões as levam as crianças a morder, tais como:

  • Sono;
  • Frustração;
  • Necessidade de controlar uma situação;
  • Raiva;
  • Instinto de defesa;
  • Necessidade de chamar a atenção.

Para além disso, este comportamento pode revelar circunstâncias que, no geral, merecem mais atenção, tais como a carência de afeto, ambiente familiar instável, ansiedade, stress e problemas de sono. 

Quando os pais também mordem (carinhosamente)

Como forma de expressar afeto, é frequente que os pais mordam carinhosamente algumas partes do corpo dos filhos, como os pés.

Ainda que seja uma brincadeira inofensiva, pode ser encarada como um sinal de validação do comportamento. 

Afinal de contas, as crianças tendem a reproduzir as atitudes dos pais.

Qual a melhor forma para reagir a estas situações?

Apesar de ser considerado relativamente normal quando uma criança morde outra, não deixa de ser um ato que precisa de ser desencorajado, para que não se repita de forma excessiva.

Mais: o facto de saber que é comum, por norma, não significa que os pais se sintam tranquilos, pois é sempre desagradável. 

Ainda assim, é essencial perceber que a criança que hoje morde, amanhã pode ser a vítima, pelo que um ambiente compreensivo entre os pais é importante.

Quanto à criança que mordeu…

Primeiro, os pais devem perceber que a forma como reagem a estas situações pode influenciar o comportamento futuro da criança.

  • Se reagirem de forma calma, embora firme, estão a transmitir que existem outras formas de comportamento. 
  • Se a reação for excessiva ou agressiva pode até produzir o efeito contrário ao esperado.

Então, as crianças devem ser incentivadas a expressar o que sentem antes de agir. Caso ainda sejam muito pequenas, quando os pais percebem que vai morder, podem falar com ela e depois centrar a sua atenção noutro foco.

É importante que as crianças se apercebam da sensibilidade dos outros, por isso devem ser alertadas para o facto de que o ato de morder magoa e devem pedir desculpa.

Ainda assim, a psicóloga Ana Brito acredita que “mesmo que a criança não demonstre culpa não quer dizer que não a sinta”.

No entanto, para que os casos sejam evitados, os pais podem procurar perceber em que circunstâncias estas situações ocorrem – onde estava a criança e qual o seu estado de espírito, por exemplo – e, a partir daí, redobrar a atenção.

Por último, é também muito importante desculpar a própria criança que mordeu. Ana Brito acredita que “a criança aceita mais facilmente a responsabilidade do seu comportamento quando é perdoada”.

E a criança que foi mordida?

Não só não deve ser esquecida, como deve ter mais atenção. Desta forma, a criança que mordeu percebe que esse ato não resulta para chamar a atenção.

É importante que aprenda a exigir um pedido de desculpas e a perdoar, ao perceber que não foi com intenção. 

Aliás, não deve ser incentivada a “pagar na mesma moeda”, pois nesse caso irá entender que é a única maneira de resolver conflitos.

Como saber se a mordida noutras crianças é um sinal de alerta?

Geralmente, este comportamento que normalmente ocorre na creche é ultrapassado de forma natural.

A psicóloga Ana Brito estima que, caso seja desencorajado, acontecerá antes dos 2 anos e meio.

Ainda assim, é natural que, até lá, estes episódios se repitam.

Caso persista muito mais tempo, pode ser sinal de alguns problemas como por exemplo dificuldades de comunicação ou de controlo dos impulsos.

Nesse caso, será melhor consultar um especialista para se encontrar a razão e tentar resolvê-la. 

O papel das creches na identificação de certos comportamentos das crianças 

O processo educativo das crianças deve basear-se numa articulação entre a família e a Creche, uma vez que é lá que passam grande parte do dia.

Assim, nestes casos, é importante que exista uma relação eficiente entre ambas as partes para que seja possível identificar a origem e dentro, do possível, encontrar soluções adequadas para gerir cada situação.  

As educadoras da Lua Crescente têm como objetivo o bem-estar das crianças, pelo que compreendem a importância de um acompanhamento atento. 

Caso aconteça algum evento, como as mordidas, os pais saberão e podem solicitar ajuda para lidar com este tipo de comportamento. Afinal, contam com anos de conhecimento e experiência.

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Que tipo de atividades posso dinamizar com a minha criança?

4 de Maio 2020, por Lua Crescente

Manter uma criança entretida é sempre desafiante.

Nos tempos que correm, com a propagação de uma pandemia e o encerramento de escolas, a dificuldade cresce. A essa preocupação, alia-se a incerteza de não saber quando a vida vai voltar ao normal.

Trabalhando em casa ou não, os pais procuram soluções e atividades eficazes para que o desenvolvimento das crianças continue a ser estimulado e o tempo passado em casa não se transforme numa dor de cabeça.

Neste artigo, encontra várias ideias para que esta fase seja vivida com mais tranquilidade.

A importância de entreter as crianças

Em isolamento social, manter as crianças em casa requer mais esforço do que o habitual – as idas à rua estão fora de hipótese e nem todas as famílias têm um espaço exterior onde podem correr e consumir o excesso de energia.

Além disso, a alteração drástica de rotinas pode contribuir para o aumento de stress e ansiedade, pelo que o entretenimento é ainda mais importante.

No entanto, os especialistas alertam que não é obrigação dos pais entreter os filhos 24 horas por dia. O aborrecimento, para além de normal, pode incentivar a criatividade e fazer com que as crianças aprendam a lidar com as frustrações.

O tempo em casa é também uma ótima oportunidade para que desenvolvam autonomia – a dada altura, conseguem fazer mais do que, por vezes, os pais imaginam.

De maneira geral, as crianças gostam de assumir responsabilidades e tarefas próprias, como lavar as mãos ou arrumar os brinquedos, por exemplo.

Para elas, a estabilidade assume um papel ainda mais importante em épocas de incerteza, pelo que é fundamental manter rotinas que contribuem para um sentimento de normalidade, mesmo que seja tentador encarar esta fase como férias.

Acima de tudo, é importante que os pais tentem ser mais compreensivos na altura das birras – se é uma fase difícil para os adultos, também o é para as crianças que, embora resilientes, são mais facilmente afetadas por pequenas alterações.

Quais as atividades recomendadas?

O tempo que passam em casa é também uma oportunidade para estimular a criatividade das crianças.

Algumas atividades devem ter como finalidade contribuir para o desenvolvimento das crianças. Por isso, devem ser adequadas à idade de cada uma.

Nesta altura, podem estar relacionadas com a Covid-19 e os cuidados a ter para evitar a sua propagação.

Manuela Molina, Psicóloga, criou um e-book disponível em vários idiomas que, embora não procure ser uma fonte de informação científica, aborda o assunto numa linguagem adequada às crianças, explicando-lhes como podem evitar o contágio de uma forma divertida, como lavar as mãos enquanto cantam uma canção.

A Ideias com História desenvolveu, por sua vez, um jogo de perguntas online com informações úteis sobre o tema.

Atividades para fazerem em conjunto

Além de servirem como método de entretenimento, as atividades realizadas em família contribuem para estreitar laços, pelo que os pais devem ser intencionais em querer passar tempo de qualidade com os filhos.

A criança pode ainda inventar a brincadeira dando largas à sua imaginação ou usufruir dos seus próprios brinquedos ou jogos.

Em alternativa, podem ser realizadas atividades como:

  • Exercício físico (como correr ou saltar);
  • Ouvir música e dançar;
  • Sessão de cinema com um filme escolhido pela criança;
  • Confeção de receitas;
  • Criação de um álbum de família ou uma árvore genealógica;
  • Jogar às escondidas;
  • Piqueniques no jardim ou no interior;
  • Brincar com sombras;
  • Caça ao tesouro;
  • Jogar ao “era uma vez” (complementar histórias com recurso a acessórios para criação de personagens);
  • Plantar sementes e regá-las.

Esta pode também ser uma oportunidade para os pais ensinarem às crianças algumas brincadeiras frequentes na altura da própria infância, mesmo que, hoje em dia, o recurso à tecnologia seja mais frequente, podendo também ser pedagógico.

Atividades para as crianças fazerem sozinhas

É fundamental que os pais passem tempo com os filhos, mas, ainda assim, é importante que também saibam brincar sozinhos.

Assim, seguem-se algumas ideias:

  • Pintar ou desenhar;
  • Brincar às casinhas (normalmente, gostam de representar papéis sociais como mãe ou pai);
  • Bolhas de sabão (podem ser criadas em casa com sabonete líquido e um arame que sirva de varinha);
  • Plasticina;
  • Montar acampamento na sala ou quarto.

Ajude a criança a preparar a brincadeira, mas depois deixe-a sozinha. A autonomia é uma qualidade importante e que a prepara para os desafios do presente – e do futuro.

Aprender e crescer em casa para preparar o regresso à normalidade

O trabalho desenvolvido na Creche / Jardim de Infância deve ser sempre complementado em casa. Nesta altura é ainda mais importante para que não haja um retrocesso na aprendizagem.

As atividades desenvolvidas na Lua Crescente têm como base os próprios interesses e curiosidades das crianças. Assim, em casa, a sua imaginação deve continuar a ser estimulada.

O tempo atual, embora cheio de desafios, contribui para que se criem oportunidades através de obstáculos, encontrando ferramentas para o futuro.

Quando tudo voltar ao normal, entreter a sua criança já deixou de ser um problema.

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